Sempreviva Organização Feminista

2005-04-04 00:00:00

Boletim eletrônico da SOF - Sempreviva Organização Feminista - agosto de 2002

A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria
12 de agosto de 2002 – Mulheres contra a Alca

A Marcha Mundial das Mulheres organizou em vários Estados um dia de

mobilização das mulheres contra a Área de Livre Comércio das Américas.
No dia 12 de agosto, entidades, movimentos e mulheres de diversos

setores da sociedade estiveram nas ruas do país conversando com a

população e apresentando as conseqüências

da Alca para a vida do país e das mulheres.
Os 19 anos de impunidade do assassinato de Margarida Maria Alves também

foi lembrado. Mais um momento de dor e luta contra a violência.
Veja a seguir a força da mulher brasileira na luta pela soberania do país.

Em São Paulo o palco foi a Praça Ramos de Azevedo, na região central da capital paulistana. Uma feira de informação foi montada com barracas abordando temas como transgênicos, Base de Alcântara, tráfico de mulheres, direitos trabalhistas e serviços. Durante todo o dia, grande número de pessoas recebeu informação sobre a Alca, foi distribuído material sobre o tema e a população foi convocada para participar do plebiscito que ocorrerá de 1º a 7 de setembro. Em conjunto com as transeuntes, foi pintado um painel durante a realização da feira.

Em Belo Horizonte (MG) o grupo teatral Olho da Rua adaptou o clássico Chapeuzinho Vermelho, em praça pública, no dia 13 de agosto. O Lobo representava o imperialismo norte-americano e a implantação da Alca; Chapeuzinho foi apresentado como a força de produção brasileira e os países da América Latina. Desta maneira criativa foram mostradas à população as conseqüências da Alca para o continente.
Todas as sextas-feiras, em conjunto com o Comitê Estadual da Campanha contra a Alca, a Marcha Mundial das Mulheres em Minas realizará panfletagens na Praça Sete, das 13 às 15 horas.
No II Fórum Minas por um Mundo Melhor, organizado pelo Comitê do Fórum Social Mundial mineiro, será realizada uma oficina, no dia 22 de agosto, abordando o tema Alca x Mulheres.

No Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, ocorreu o maior ato contra a Alca, pois, de acordo com relatos das mulheres da Marcha, pelo menos oito mil pessoas transitaram pelas barracas de agricultura e serviços. Foram distribuídos cerca de 8 mil jornais e panfletos e varais de informação sobre a Alca foram instalados. Uma artista plástica passou o dia pintando um painel.

Na região do Vale dos Sinos (RS) foram feitas panfletagens nas portas de fábricas. Ainda hoje deverão chegar informes de atos em outras regiões do Estado.

Em Mossoró (RN) foi realizada uma exposição na Praça Central do Mercado com tendas de remédios caseiros, artesanato e plantas orgânicas. Profissionais de saúde, sindicalistas, vereadores, estudantes de agronomia e veterinária, mulheres do MST e integrantes da Pastoral da Terra e do PT estiveram presentes à manifestação que foi animada por um grupo de forró. Uma passeata onde também estiveram presentes mulheres de municípios próximos - com pelo menos 300 mulheres pelas ruas centrais encerrou o evento.

Em Natal (RN), no calçadão João Pessoa, ocorreu concentração que preparou a caminhada pelo centro da cidade. Na passeata estiveram 400 pessoas e contou com a presença de vários assentamentos rurais e estudantes. Estiveram presentes também representantes da CUT, PT, PSTU, além da Marcha Mundial das Mulheres. Durante a caminhada ocorreu panfletagem e paradas ‘estratégicas’ em pontos do comércio, principalmente naqueles que aglutinam mais mulheres, como as Lojas Marisa. O encerramento do ato foi no Espaço Cultural Bazarte, onde foi realizada grande festa com música ao vivo.
No dia 29 de agosto será realizada uma reunião de planejamento da Marcha para rearticular a coordenação estadual.

Uma barraca da Marcha foi instalada na Praça do Ferreira, em Fortaleza (CE). As mulheres estavam fantasiadas de Tio Sam e distribuindo o material nacional feito para o dia 12. Mulheres e homens receberam muito bem a manifestação, que também teve uma homenagem à Margarida Alves. Foram dados informes das atividades da Marcha no Estado e apresentada uma peça baseada na dinâmica da máquina. As fotos estão no site: www.midiaindependente.org.br
Entidades participantes: DCE-CEFET,DCE-UECE, DCE-UNIFOR, FETRAECE, Casa Lilás, Elo Feminista, Núcleo de mulheres da Juventude Alternativa Socialista-AS, mandato da vereadora Luizianne Lins, ESPLAR e Fórum de Mulheres, Comitê Estadual da Marcha Mundial das Mulheres.

Em Maceió (AL), um ato público no calçadão do Comércio foi o evento realizado pela Marcha em Maceió. Com uma banda de frevo animando o ato, as mulheres conversaram com a população e distribuíram material. Presentes estavam mulheres sindicalistas, indígenas, marisqueiras, artesãs e outras representações da sociedade alagoana.

Na Paraíba o 12 de agosto foi organizado pelo Comitê Estadual Contra a Impunidade dos Assassinos de Margarida Maria Alves (Fetag, Contag, CUT, Centro da Mulher 8 de Março, MST e CPT). Foi realizada uma caminhada seguida de ato público “contra a violência e a impunidade: 19 anos sem Margarida Maria Alves". O movimento de mulheres reuniu-se para buscar a visibilização da Marcha Mundial das Mulheres neste evento. No dia do ato, mil pessoas diversos movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade marcaram presença com suas bandeiras de luta. Entre elas estava a Marcha Mundial das Mulheres na luta contra a Alca.

No Oeste do Pará, a AOMT-BAM realizará um grande seminário, no dia 25 de agosto, em parceria com outras entidades, para discutir a realização do plebiscito. A Marcha Mundial das Mulheres participará do Grito dos Excluídos. As presentes marcharão com um olho pintado de roxo, imitando um hematoma, simbolizando o "Fora Violência Sexista".

Em Boa Vista (RO) foram realizadas panfletagens em bancos, órgãos públicos e terminais de ônibus. O material foi distribuído para as mulheres indígenas (OMIR - Organização de Mulheres Indígenas de Roraima), sindicalistas, trabalhadoras rurais, do movimento popular e juventude. O panfleto da Marcha foi enviado para todos os municípios do Estado. As mulheres também estão realizando debates em bairros populares, estando a Marcha na coordenação da Campanha contra a Alca.

A Articulação de Mulheres do Amazonas (AMA), em conjunto com outros segmentos do movimento feminista e sindical, romoveu na Praça Matriz, Manaus (AM), um Ato de Informes sobre a Alca. Durante todo o dia foram distribuídos materiais sobre as conseqüências do Tratado. No sábado anterior ao ato foi realizada oficina no Movimento Maria Sem Vergonha, que agora passa a ser multiplicadora entre as mulheres de vários segmentos.

Em Campo Grande (MS), as mulheres fizeram panfletagem no Banco do Brasil e Citibank. Novas panfletagens serão realizadas nas universidades e escolas visando, além da preparação do plebiscito, trabalho de conscientização, pois foi constatado que 99% das mulheres não sabem o que é a Alca. A Marcha pretende ter uma barraca especial para as mulheres com eventos artísticos e exposição fotográfica no dia 7 de setembro.

Comitê Nacional da Marcha Mundial das Mulheres

Contatos (11) 3819-3876 ou marchamulhere@sof.org.br

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