Via Campesina se manifesta sobre atual reunião da OMC

2008-07-30 00:00:00

Normal
0
21

false
false
false

MicrosoftInternetExplorer4

/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabla normal";
mso-style-parent:"";
font-size:10.0pt;"Times New Roman";}

Quarenta ministros de Comércio pré-selecionados, convidados a Genebra, não
têm nenhum tipo de mandato para decidir sobre o futuro de milhões de
pessoas. A via Campesina exige o abandono das negociações da OMC.

As políticas da OMC têm destruído os mercados agrícolas e alimentícios.
Têm conduzido a uma privatização dos serviços e dos recursos naturais e
têm gerado uma febre especulativa sobre a qual os governos nacionais não
possuem controle algum. Como resultado dessa especulação com a
alimentação, milhões de pessoas têm passado a sofrer o grave mal da
desnutrição. A atual crise alimentar mundial é uma conseqüência direta da
liberalização dos mercados e das políticas alimentares e agrícolas. Não se
trata de uma crise de produção, senão de uma crise política. Nunca houve
tantos alimentos no planeta, mas as ilegalidades na distribuição dos
alimentos têm piorado em função das altas dos preços em favor das
corporações transnacionais.

A liberalização do comércio está no centro desse problema. Utilizar como
alternativas as mesmas receitas que têm fracassado somente aprofundará a
crise alimentar e climática. Sago Indra, um dos líderes da Via Campesina
na Indonésia, sublinhou: "Pretender resolver a atual crise através da OMC
é como se estivéssemos chamando o médico errado para receitar remédios
inadequados”.

Durante esse tempo, as corporações transnacionais têm reforçado seu
controle sobre os mercados alimentícios, nos setores de produção e
distribuição. Utilizam esta crise como uma oportunidade para aumentar seus
lucros e ampliar o alcance de seus negócios. Os consumidores, os pequenos
produtores e os trabalhadores rurais são os grandes perdedores. Os altos
preços para o consumo e os baixos preços para os produtores levam a fome
para as zonas rurais e urbanas.

Um acordo maquiado não vai esconder o fracasso de uma suposta rodada de
desenvolvimento que, na realidade, é uma rodada de crise alimentar. Os
pequenos produtores, os trabalhadores rurais e os produtores de alimentos,
homens e mulheres ao redor do mundo, não podem se deixar enganar. Em apoio
às numerosas lutas contra a OMC, exigimos a abolição de todas as
negociações comerciais em sem âmbito.

A alimentação não é uma mercadoria!

Pela defesa do direito a produzir, alimentar e comer!

Fora a OMC da agricultura!

Via Campesina Internacional